Rabanadas
Uma rabanada, não é nada!
E nada é só uma rabanada!
Uma rabanada é ato de amor,
Dedicado às pessoas queridas,
Que rimam família e comida.
Uma rabanada...
È prazer antecipado na
espera,
É obra a quatro mãos!
Enquanto um corta o pão...
Outro bate as claras...
De longe alguém faz as malas!
Alguém tempera o leite, com
açúcar,
Canela e baunilha...
O outro embebeda o pão e fica
uma maravilha.
Depois é só organizar...
Passar o pão nos ovos
batidos,
Não ligue para os latidos,
Chicó sente que vai ganhar.
Quando a gordura está quente,
Começa a chegar gente...
Frite uma de cada vez...
Para não perder a maciez!
Escorra e passe no açúcar
urgente!
Se olhar verá na janela,
mesmo sem convidar,
Pessoas a salivar!
Uns já querem comer quente,
Outros esperam gelar, pois fica
mais consistente.
De qualquer forma é muito bom,
agrada a gentarada!
Mas rabanada... Não é só uma
rabanada!
Rabanada tem história...
Que começam a surgir, quando
se puxa a memória!
Rabanada é doce, é salgada...
Quando alguém faz milanesa,
ao invés de sobremesa!
Rabanada tem memória,
De Avô, avó, tios, tias e
primos.
Rabanada tem risadas e coisas
que só nós vimos!
Rabanada é natal!
É para nós, prato principal!
Rabanada é Vera e Domingos,
Sempre ali, tão amigos!
Rabanada são meus filhos,
Para quem faço todos meus
mimos.
Mas, Rabanada...
Não é só uma rabanada!
Rabanada tem gosto de
família.
Tem sabor também de alegria.
Rabanada...
Rima com meninada.
Tem canela,
E me lembra a Mirela...
Rabanada não se faz pouco...
Pois todos comem, feito louco!
Assim comem muita gente!
O Purita não quer só uma,
Ou três, ou não quer nenhuma!
Mas o bom mesmo da
rabanada...
É ver quando a meninada...
Espera... ansiosamente!
Alguém por em cima do prato
de arroz quente!
Existe até uma aposta,
E disso a garotada gosta,
Para ver quem comete o
engano,
De trocar sobremesa...
Por milanesa,
No natal do próximo ano!
Irani Martins
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