quinta-feira, 26 de novembro de 2009

NOITES EM FAMÍLIA

UMA MESA E MUITOS FILHOS

O trem da passarada

É noite...
E as nossas noites se compunham de pais e filhos ao redor da mesa, ou no quintal, nas noites quentes, junto aos vagalumes.
Pena que meus filhos não conheceram a toada do vagalume tem tem, nem o trem da passarada, nem a versão da estória dos quarenta bois.
Teriam se apaixonado por ele (meu pai), assim como nós.
E a gente ouvia uma vez e de novo e outra vez a mesma estória e a cada vez a expectativa era igual, ainda esperávamos o desfecho final da estória como se fosse nova.
Isso era sua magia! Seu carisma!
Ao redor da mesa, novamente, ouvíamos o trem da passarada.
Trinados e cantos de todas as aves.
Beleza só entendida pelos que viveram.
Entendo hoje,
Se tivesse ainda o trem da passarada, ouviria com meus filhos e o daria de presente ao meu marido, que entende tão bem a beleza da criação Divina.
Esta mensagem, levo aos meus irmãos, com a pergunta, já se sentaram ao redor da mesa com seus filhos?
Já foram mágicos?
Contaram estórias?
Criaram seus personagens?
Já cantou com eles?
Lembrem...relembrem...
As viagens, os passeios, as aventuras...
E todas as bobagens DE E COM NOSSO PAI.
Quão ricos fomos, quão felizes somos!
Beijos
Irani Martins Ferreira da Silva 14/12/2003

sábado, 7 de novembro de 2009

FILHOS UM DIA SE VÃO

UM DIA
CHARLES R. SWINDOLL
UM DIA, QUANDO AS CRIANÇAS CRESCEREM, as coisas vão ser bem diferentes. A garagem não ficará lotada de bicicletas, de trilhos de trenzinhos elétricos sobre madeira compensada, de cavaletes rodeados de tábuas, pregos, martelo e serra, de “projetos experimentais” inacabados e da gaiola do coelho. Poderei estacionar os dois carros nas vagas certas e nunca mais tropeçarei em pranchas de skate, pilhas de papéis (guardados para colaborar com as obras assistenciais da escola) ou sacos com comido para coelhos — tudo espalhado pelo chão.


UM DIA, QUANDO AS CRIANÇAS CRESCEREM, a cozinha ficará incrivelmente arrumada. A pia não ficará cheia de pratos sujos, a lixeira não ficará abarrotada de elásticos e de copos de papel, a geladeira não ficará lotada de frascos de leite, e nunca mais perderemos as tampas dos vidros de geléia e de ketchup e dos potes de manteiga de amendoim, de margarina e de mostarda. A jarra d’água não será recolocada vazia, as fôrmas de gelo não ficarão fora durante a noite, o liquidificador não ficará sujo, seis horas a fio, de resíduos de vitamina preparada à meia-noite, e o mel ficará dentro do seu pote.

UM DIA, QUANDO AS CRIANÇAS CRESCEREM, minha querida esposa terá tempo para vestir-se vagarosamente. Terá tempo para um banho quente demorado (sem receio de ser interrompida por gritos assustados), tempo para cuidar das unhas da mão (e dos pés, se desejar!) sem ter de responder a uma dúzia de perguntas e de revisar a grafia correta das palavras, tempo para cuidar dos cabelos durante a tarde sem ter de marcar um horário espremido entre uma visita ao veterinário para levar um cão doente ou uma ida ao ortodontista para levar uma criança de mau humor por ter perdido seu Boné.

UM DIA, QUANDO AS CRIANÇAS CRESCEREM, o aparelho chamado “telefone” ficará desocupado, sem parecer ter nascido grudado ao ouvido de um adolescente. Ele simplesmente ficará lá... silencioso e, por incrível que pareça, pronto para ser usado! Não ficará melado de batom, saliva, maionese, migalhas de salgadinhos ou com palitos de dentes enfiados nos pequenos orifícios.

UM DIA, QUANDO AS CRIANÇAS CRESCEREM, eu serei capaz de enxergar através dos vidros do carro. Impressões digitais de mãos e pés, lambidas e sinais de patas de cachorro (ninguém sabe como) serão inexistentes, O banco traseiro não ficará em completa desordem, não nos sentaremos mais em cima de pedrinhas e lápis de cor, o tanque de combustível estará sempre cheio e (glória a Deus!) não terei de limpar mais uma vez a sujeira do cachorro.

UM DIA, QUANDO AS CRIANÇAS CRESCEREM, poderemos voltar a conversar normalmente, isto é, conversar como qualquer pessoa normal. As frases não serão intercaladas de grosserias. “Legal!” Será uma expressão em desuso. Não haverá batidas na porta do banheiro acompanhadas de “Ande logo, estou apertado!“. E “É a minha vez” não necessitará da presença de um árbitro. E aquele artigo de revista será lido sem interrupções e, depois, discutido longamente, sem que o pai e a mãe tenham de esconder-se no sótão para terminar a conversa.

UM DIA, QUANDO AS CRIANÇAS CRESCEREM, não vamos mais precisar correr atrás do rolo de papel higiênico. Minha esposa não vai perder as chaves. Não esqueceremos a porta da geladeira aberta. Eu não vou ter de inventar novas maneiras de desviar a atenção das máquinas que vendem gomas de mascar... nem ter de responder à pergunta “Papai, não é pecado você dirigir a 75 quilômetros por hora quando a placa diz que o limite é de 55?”... nem prometer dar um beijo de boa-noite no coelho... nem ter de ficar acordado até altas horas esperando a chegada deles... nem ter de pedir licença para falar durante o jantar... nem ter de suportar socos de brincadeira, mas que são realmente doloridos.

Sim, um dia, quando as crianças crescerem, as coisas vão ser bem diferentes. Elas começarão a partir, uma após a outra, e a casa voltará a ficar em ordem e talvez até com um toque de elegância. O tinir da porcelana e da prata será ouvido em ocasiões especiais. O som do fogo crepitando na lareira ecoará por todo o saguão da casa. O telefone estará estranhamente mudo. A casa estará sossegada... calma.., sempre limpa.., e vazia.., e passaremos o tempo aguardando a chegada de Um Dia mas lembrando-nos do Ontem. E pensando:

“Talvez a gente possa cuidar dos netos para que esta casa volte a ter vida!”.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

SOMOS A SOMA DE TODAS AS PESSOAS DA NOSSA VIDA

"AQUELES QUE PASSAM POR NÓS, NÃO VÃO SÓS, NÃO NOS DEIXAM SÓS. DEIXAM UM POUCO DE SI, LEVAM UM POUCO DE NÓS."
ANTOINE DE SAINT-EXUPERY

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Uma homenagem a um grande amor.

AINDA NAMORADOS;
ENAMORADOS.

Tantos dias, tantos anos...!
Minha vaidade diz que foi quase ontem,
Meu coração fala, foi hoje !
Meus braços, que ainda te abraçam, dizem...
O ontem é o mesmo agora!

Muito tempo se passou?
Noto diante do espelho;
Noto nos filhos crescidos
Noto na tranquilidade
Que superou a inquietude da paixão.

Mas, quando estou com você;
Quando te vejo chegar;
Meu coração ainda canta;
O tempo parou, congelou!

Ainda estou ao seu lado;
Me arrepio, ainda, ao seu toque;
Você preenche minha vida;
Nossa casa e nossa cama!

Então aí eu te digo,
Quantos anos se passaram?
Se toda mudança que noto;
São as barrigas e rugas!

A não ser que seja preciso...
Muitos anos bem vividos,
Para se conquistar um amigo,
Nesse caso então eu digo,
Foram muitos anos passados,
Afinal agora tenho,
Um amor, um companheiro;
Esposo e grande amigo! Irani/ 09/06/2001
namorados

domingo, 1 de novembro de 2009

FILHOS SÃO MEUS GRANDES AMORES

FILHOS,
IRANI 14.12.99
Chegam às nossas vidas,
Pessoinhas cheia de grilos,
Um mistério a desvendar...
Estes são os nossos filhos.

Que teste de paciência,
Temos todos que passar,
E mesmo assim todos queremos,
Esse serzinho para amar.

Uma mãozinha pequenina,
Um rostinho angelical,
Pele de textura tão fina,
Um grande amor... sem igual!

Passamos insegurança,
Tantos bailes... sem dança,
E sempre muitas surpresas,
Sem conviver com a certeza.

Mas que delícia os carinhos,
Que ganhamos daquela coisinha,
E fazemos de nossos braços um ninho,
Onde o pequeno se aninha.

Demorou tanto a nascer!
Agora vemos florescer,
E dia a dia sentimos,
O nosso amor só crescer.

Já não dá mais retorno,
O mundo gira em torno,
Deste ser tão precioso,
Que não me deixa tempo ocioso.
De ora em diante, sei,
Que a luta da vida tem causa,
Essa pessoa que amei,
Desde que vi, abriguei e dei pausa.

Dei pausa ao meu coração,
Foi preciso acostumar,
Que a mão, Virou contramão
Ganhei razões para amar.