segunda-feira, 23 de outubro de 2017

O SILÊNCIO E A VERDADE.


































O SILÊNCIO E A VERDADE.

Quero aprender a ouvir os gritos que rompem,
Angustiantes,
Dentro do silêncio dos que não falam.
Quero aprender a ouvir as palavras faladas,
Por bocas cerradas,
Quero saber ler a mensagem,
Dos olhos que falam,
Por terem caladas, as bocas.
Quero entender o que fala,
Tombado, calado, o corpo surrado na vida,
Quero aprender e entender,
Os porquês,
De tantas bocas cerradas,
Tantos olhares suplicantes,
Tantos silêncios constrangedores,
Lancetando a consciência...
Quando os dias continuam iguais.
Amanhecem e anoitecem...
Iguais!
Nada muda, nesse mundo mudo de justiça!
Onde há masmorras de silêncios acovardados,
Mantendo a confortável posição do não fazer.
Falta um grito de consciência alerta,
Que desestabilize o silêncio inerte,
E entremeio à brecha que se abre,
Adentre a cara da verdade, corajosa!
Olvidando a hipocrisia,
Ignorando a covarde tiraria,
Colocando, cada qual em seu lugar.
Falando e gritando,
Pelos que tombaram silenciosos,
Por falta de ouvidos que os ouvissem.

Quem sabe amanhã, de manhã...

Irani Martins

23/10/2017

domingo, 8 de outubro de 2017

A SABEDORIA NÃO NASCEU ONTEM















A sabedoria não nasceu ontem,

Tampouco quando tu abriste os olhos para o mundo,
Na data em que nascestes,
E falou pela voz do seu primeiro choro,
Que gritava vida,

A sabedoria não nasceu nem ontem,
Nem quando tu nasceste...

A sabedoria sequer nasceu!
Não houve um parir dessa dádiva,
Ela chega, como tudo que é essência Divina,
Escrita pelas mãos da providência,

Lê aquele que letra a letra,
Unem consoantes e vogais,
Trazendo a si,
O saber dos mestres...

A sabedoria mostrada no olhar que ama,
Nas mãos que afagam,
Nos pés que te indicam caminhos,
Nas palavras que te orientam,
No semblante que aprova,
No silêncio que condena,
Na lágrima que escorre,


A sabedoria de quem aprendeu,
Com o olhar que o amou,
Com as mãos que o afagou,
Andou sobre os pés que o orientou,
Ouviu palavras que o edificaram,
Silêncios que o oprimiram,

Que receberam verdades, em vida,
De livros humanos andantes,
Errantes,
Amantes,
E sabiamente, passaram adiante.

A sabedoria não nasceu ontem,
Nem no dia em que nasceste,
Mas, foi passada a ti,
Por todas as mãos e rostos emaciados,
Envelhecidos,
Machucados, pela vida,
Doídos, mal amados,
Vencedores e vencidos,
Que por amor,
Quiseram-te livre!

Irani Martins

08/10/2016

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

O LUGAR, ONDE POSSO SER, QUEM SOU.

      

O LUGAR, ONDE POSSO SER, 
QUEM SOU.

Existe um lugar tao abençoado que dentro dele, podemos exercer nossa essência verdadeira.
Sermos nós mesmos. Feios, bonitos, pobres, ricos, e abarrotados de defeitos, fisicos e morais. E ainda assim, encontrarmos ali, uma fonte de amor.

Essa fonte de amor, não estava ali, à nossa espera. Pois como um sapato ou roupa, ela veste apenas ao figurino que a serve. 
Esse lugar mágico, onde podemos ser o que somos, é construído a muitas mãos, por uma família que se interagiu amando-se entre si, aprendendo a conhecerem-se uns aos outros, entendendo que os nossos defeitos são reflexos uns dos outros, pois somos feitos de material tal qual espelho, apenas não aprendemos a sua utilidade.
Aos poucos vamos usando os recursos que temos, aprendendo suas utilidades e dando a cada um o valor devido. Não há ferramenta que não tenha seu valor devido, quando a hora de apresenta.
E nesse espaço abençoado, dia a dia uma fortaleza se edifica. O que era aparentemente frágil, torna-se um refrigério. Todos queremos ter um lugar para retornar ao final do dia exaustivo e descansar sob um teto de paz. Sob a luz da confraternização e o abraço da fraternidade.
É o dia a dia. Os olhos benevolentes e corações enternecidos os arrimos desse santuário que chamamos LAR.
Construído por um trabalho amoroso de uma familia.
Todos queremos ter para onde voltar. Fazemos dele um Lar, ou um lugar qualquer.
Aqui na terra, enquanto matéria, precisamos construir nosso reduto de amor e paz para nele nos refazermos ao fim de cada jornada, em comunhão com aqueles que Deus nos confiou a caminhada.
Assim seguiremos até retornarmos ao LAR ESPIRITUAL.

Aqui está o meu LAR

Aqui eu tenho o meu refrigério e meu abraço amoroso e fraterno sempre que chego.

Irani Martins


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

DOGEN ZENJI



Quando preparardes a comida, não olheis com olhos comuns e não penseis com mente comum.
Apanhai uma folha de relva e construí uma terra do rei do tesouro; entrai numa partícula de pó e girai a grande roda do darma. 
Não desperteis uma mente desdenhosa quando preparardes um caldo de ervas silvestres; não desperteis uma mente alegre ao preparardes uma refinada sopa cremosa. 
Onde não há discriminação, como pode haver aversão? Por conseguinte, não sejais descuidados nem mesmo quando trabalhardes com material pobre, e mantei vossos esforços mesmo quando tiverdes excelente material. Não mudeis jamais a vossa atitude de acordo com o material. 
Se assim o fizerdes, será como se alterásseis vossa verdade ao falar com pessoas diferentes; não sereis, então, um praticante do caminho.
Dogen Zenji

"Não há nada à parte de mim”


"Não há nada à parte de mim”


Quando você compreende que é divino, você é livre e desapegado do que quer aconteça ou não. A tela não é influenciada pelas cenas que são projetadas nela. Seja imperturbável, pois nada é real. E se o irreal te afeta, isso significa que você ainda está imerso em ignorância. A compreensão mais elevada é “Eu sou Tudo, não há nada à parte de mim”. Logo, por que se preocupar?


Sri Ranjit Maharaj
(em “Illusion vs. Reality”)

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A BUSCA















A BUSCA


Procuro no meu tédio, te encontrar,
Busco-te, não querendo me perder,
Encontro-te e te perco, tantas vezes,
Voo livre em coração, na minha busca,
Encontro-te,
E tombo ao chão, tocando os pés,
Na ilusão que me encanta de que há mais,
E te perco, no desencontro,
Do que preciso, e não vejo,
E do que vejo, escolho,
E não me completa!

Irani Martins

domingo, 13 de agosto de 2017

ONDE ANDA O JOVEM QUE GIROU A CHAVE DA PORTA?




ONDE ANDA O JOVEM,
QUE GIROU A CHAVE DA PORTA?

Todos os dias te descubro,
E penso que te conheço,



Hoje vi que teus olhos sorriem,
Mesmo que seus lábios não se movam,
Mesmo que tudo seja silêncio.

Um dia,
O primeiro, que estivemos sob o nosso teto,
Descobri o seu cuidado ao girar as chaves de cada porta.
Nunca havia pensado na vida, mudando assim.
Trazendo tarefas miúdas, sutis, delicadas e dedicadas.

Fui te descobrindo, te encontrando...
Achei que te conhecia...
Nem hoje te conheço ainda!
Descubro-te a cada dia,
A cada momento me revelas uma face desse alguém.

Conheci-te namorado,
Me apresentantes um esposo,
Admirei um pai dedicado, que não posso dizer melhor que o meu,
Pois não eras o meu,
E agora, te vejo avô.

Busco entender, inutilmente,
 O porquê me rebolo e reviro procurando agradar,
Mas Alice prefere você,
Sua conversa, sua companhia,
Seu colo.

Do jovem, que girou a chave na porta, muitos anos atrás,
Resta a semente plantada e germinada,
Dos que te antecederam,
Mas você mudou,
Mostrou tantas faces diferentes!

Falou, calou, chorou e sorriu a cada momento,
Com a maestria dos que aprenderam,
A tocar a vida e a dançar no ritmo dela,
A chorar calado e sem lágrimas,
A falar e sorrir com um olhar,
A abraçar sem mover os braços,
A sangrar o coração,
Por falta de opção.

Descubro-te a cada dia,
E somo essas descobertas,
Descobri, também, que aquelas que subtraí,
Foram necessárias,
Pela própria vida,
Então as adicionei, por ordem do meu coração.

Juntei tudo,
O jovem da chave,
O esposo,
O pai,
O avô,
O amigo,
E te trago dentro do meu abraço,
Orgulhosa de ti,

Feliz dia dos pais, meu amor, meu amigo e companheiro.
Sigamos, cuidando de fechar nossas portas,
Girando com cuidado as chaves.

Irani Martins
13/08/2017








O QUE FICOU DE VOCÊ, MEU PAI.



O QUE FICOU DE VOCÊ, MEU PAI!

O que ficou de você, passado todos esses anos,
Agora que eu já sou avó, e tento palidamente, ser você para minha neta.
O seu brilho, foi uma característica muito sua, que fazia parte da sua risada, e morava nos seus olhos.
Falar de você é acrescentar saudade à tão já vasta saudade acumulada!
Mas falamos! E como falamos!
 Mantemos sua presença viva com palavras.
Ainda esses dias, fui falando de você para Alice, minha neta.
Ensinei a ela a sua música. Aquela que nos acordava, de forma alegre, trazendo alegria às nossas manhãs. Não me lembro de me incomodar de acordar cedo, nos meus dias de ontem, com a sua cantoria.
Era alegria ao começar o dia.
Não consegui, é claro, o mesmo sucesso com Alice, mas te digo que ela adorou. E rapidinho decorou o refrão.
E fizemos o mesmo ritual todos os dias em que lá estive.
Falei de você para ela.
E não pude deixar de contar a famosa “história dos 40 bois”
Não fiz justiça a você. Não me lembrei de tosos os detalhes, não consegui dar o mesmo brilho ao enredo, mas contei...
E assim como era conosco...
Ela também ria, e pedia...
De novo!
E eu repetia tudo de novo!
Foi tão bom contar de você!
Ela sabe de você!
Quem você foi para nós, o que deixou de herança.
Quero-te vivo sempre, no meu coração, pois és, ainda, minha mola propulsora, com a lembrança dos seus ditos.
Você foi tanto amor!
Sou feliz por ter todas essas lembranças de você!
Tentei passar para os meus filhos, mas sou, apenas, mãe, como sei ser.
Não saberei nunca, ser o pai de entrega, calada, que você foi.
Doação extrema de si mesmo!
A vida nos leva, dia a dia, a entender e a mensurar a extensão de tudo.
Amei-te e te amo hoje, de forma amadurecida e mais grata.
O que ficou de você, meu pai,
O que contarei e recontarei com muito orgulho para Alice e outros netos.
Assim como contei aos meus filhos.
Assim como conto às pessoas.
Assim como você se apresentou ao meu esposo, e hoje tenho um grande amigo.
O que ficou de você, meu pai,
É uma herança que traça nenhuma dará fim,
A ela acrescento tentos, que minha saudade relembra e traz vida à minha vida.
O que ficou de você, meu pai,
Foi o que você foi.
Amor eterno.

Irani Martins
13/08/2017

(você se foi em um dia dos pais)



sábado, 12 de agosto de 2017

ANDO PENSANDO...



ANDO PENSANDO...
que sofro de "lonjuras", a saudade é companheira.
E rememoro as minhas "juras", ainda guardadas na "mala das possibilidades", pois me recuso a desistir dos melhores sonhos e junto, revejo as cenas que contam a história das minhas saudades.
Assim vou vivendo.
Cada passo novo que dou, carregando comigo minhas saudades e minhas juras, me levam ao meu novo destino, seja ele sonhado ou não.
Mas, quando começo a caminhar são os sonhos e minhas "juras" quem me movem, não minhas saudades.
A realidade, vou absorvendo, a cada dia, tirando dela as melhores lições e incorporando às minhas experiências.
Tristezas? Melancolias?
Fazem parte. Eu as vivo, choro, no seu tempo, mas procuro não carregar seu peso.
Vivo assim, lutando entre o ser e não ser.
O que sei e o que desconheço. Mas sou uma essência verdadeira e real, feita de busca e introspecção, que mora em mim e que me convida a refletir, deixando a vida mais simples.
Demoro a entender que essa é a verdade da vida, a essência. Mas, quando entendo...
Se entendo...
Mudo meus rumos, remodelo, meus sonhos, passo a ser mais leve deixo pelos caminhos algumas "juras" e alivio meu fardo.
Quase toco a felicidade!
E se não toco, são meus conflitos que me impedem.
Mas, consigo ter os meus verdadeiros momentos felizes.
Porque, concordem comigo...
Nesses momentos, apenas vivemos a hora, contemplamos a existência sem muito querer.
Nossos sentidos estão voltados para aquela alegria, nossos olhos vêem o melhor de tudo, não há mais sonho, apenas somos.
Se...
Continuássemos a olhar a vida assim, estenderiamos os momentos felizes, até que nossa essência verdadeira, espírito, que pouco pede e necessita, prevalescesse...
Aí sim, não só, tocaríamos a felicidade, mas, nos despiríamos do peso que carregamos por tanto tempo e nos vestiríamos com ela,
Seríamos luz irradiante projetada por sorrisos reais!

Irani Martins

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

ANOITECEU NO CÉU DO MEU PEITO.














A tristeza, às vezes, chega anoitecendo o coração, tal qual a noite, obscurecendo a luz do dia.
Vem de mansinho, somando os minutos e quando faz a hora a luz já se faz pálida.
E assim é, cá dentro de mim. 
A sombra chega, se esgueirando, empalidecendo meu sorriso, pintando o vermelho do meu coração com nuances escarlates, envolvendo com os seus braços de bruma.
A dor que dói não se explica, apenas dói solitária.
Não há o que contar, quando não há ouvidos para ouvir.
Ouvidos que ouvem a dor são surdos e cegos de amor.
Conseguem tatear a cor escarlate e o choro do coração sem ouvir ou olhar. Apenas sabe.
A noite adentrou ao dia, mas trouxe um adorno consigo para que não ficasse tão pálida. Deixou que sua lua deslumbrante desfilasse soberana.
Mas, não há sol, nem estrelas ou lua cheia, no céu do meu peito oprimido. 
Há apenas esse coração teimoso, que se abriga no rescaldo da esperança, do amanhã que virá.

Irani Martins

terça-feira, 25 de julho de 2017

“A FELICIDADE É O CAMINHO”












A FELICIDADE É O CAMINHO

E hoje você amanheceu comigo, meu pai, passeando pelo meus pensamentos, viajando nas minhas lembranças, mexendo com minhas emoções, dentro do seu espaço, aqui, dentro de mim, na sua eterna  morada, o meu coração!
Lembrei-me de nossas peripécias e ao mesmo tempo, de uma frase, de Gandhi, que diz assim...
“Não existe um caminho para a felicidade”.
 “A felicidade é o caminho.”
Nunca te perguntei, até porque naquela época, ainda imatura, não via o que você, nas entrelinhas da vida, nos mostrava, mas acho que você vivia de acordo com uma ideia assim, tal qual a frase de Gandhi.
Vejo isso hoje, agora, nesta manhã, em que acordo na sua companhia, que você a todo instante nos conduzia pelo caminho da felicidade, apenas não sabíamos.
As manhãs, em que acordávamos com suas cantorias, o café da manhã, a melhor refeição do dia, feita de ovos fritos, que na ausência do pão era comido com farinha de mandioca, o azeite de oliva no prato, com pitada de sal, e pedacinhos de pão que íamos molhando aos poucos naquela delícia, saboreado como o manjar dos Deuses.  Isso acompanhado de leite e café. Mas tudo isso não seria nada se não fosse a sua presença, ali, nos ensinando como comer essas delícias. Tudo tinha um “algo mais” que tornava o momento tão especial!
Mostrou-nos que para viajar, viver uma aventura, não era preciso ir muito longe, bastava viver o momento, aproveitar o que se tinha à mão, e “VER” o que precisava ser visto.
Tal qual a frase acima, “a felicidade é o caminho”, você transformava uma simples ida à cidade vizinha, numa deliciosa aventura. Os passeios à Rio Preto, sem hora ou dia de voltar, começavam com a primeira parada logo ali em Tanabi. Lá comprávamos um frango assado e mandávamos embrulhar. Você conhecia seus filhos, sabia que já estavam salivando as promessas daquele prêmio, assim, no primeiro riacho, à beira da estrada, acontecia o primeiro evento da viagem onde a “felicidade é o caminho”, sentávamos à beira do córrego, molhávamos os pés para espantar o calor, ríamos, brincávamos, e fazíamos um pic nic, onde o frango era a delícias das delícias.
Toda viagem a Rio Preto eram cheias de expectativas.
Outras vezes, o Rio São José dos Dourados, foi o local escolhido para o nosso pic nic de pão com mortadela, risos, muita alegria, descobrindo as minas onde jorravam águas cristalinas, andar sobre as pedras, descobrindo minúsculas quedas d’água, que chamávamos “cachoeira” tudo isso ilustrado por suas contações de histórias.
Os banhos de bica, no açude, de Estrela D´Oeste, nas tardes de domingo, eram, não só passeios, mas verdadeiras aventuras para nós, crianças que víamos o mundo olhando para cima e sempre víamos a bica como as “Cataratas do Iguaçu”.
Dinheiro pouco, e era pouco, não tirava o brilho do nosso passeio, já que uma lata de sardinha faz um bom patê para vários sanduíches. Assim era o seu coração para conosco. Multiplicava-se em amor e bondade. Suas parcas providências, parece nem eram notadas, já que o que mais nos lembramos são dos passeios, dos caminhos e da felicidade.
Você faz muita falta!
Mas ainda saboreamos deliciosamente os ovos fritos com pão, molhando os pedacinhos na gema mole, ou farinha se não há pão.
E o azeite, que agora virou moda, continua na nossa mesa, e ainda causa estranheza a algumas pessoas quando o consumimos assim... molhando os pedacinhos de pão..
Hoje você acordou comigo e está comigo!
Lembrando-me da importância de saber percorrer esta estrada, de atribuir valor ao que de fato tem seu valor, e que o legado deixado de boas lembranças e ensinamentos é muito, mas muito mais importante mesmo, que coisas materiais que consumimos e usamos no mesmo trajeto.
Obrigada meu pai, por fazer do seu tempo conosco “o caminho da felicidade.”.


Irani Martins