AS MUITAS MULHERES QUE ME HABITAM
Meu
corpo
Tem
sido abrigo a muitas mulheres,
Nem
sempre semelhantes,
Muitas
vezes discordantes,
Contraditórias...
Tantas
mulheres
Habitam
minha simples alma.
A
mulher menina,
Que num
piscar de olhos,
Viu-se
mãe,
A mãe
"de primeira viagem",
Acordou
numa manhã,
E já
era mulher adulta,
Mulher
resolvida,
Driblando
a vida,
E a
arte de ser mãe.
Duas
mulheres em uma.
E não
termina aí,
A saga
da minha alma.
O
espelho, certo dia,
Mostra-me
uma nova face,
Mulher
"de vez”,
É a
mulher que habita, agora,
Minha
alma inovadora.
Igual
fruta beirando cor de outono,
Querendo
amadurecer,
Nem
verde,
Esse
tempo já se foi,
Nem
madura... Ainda,
“DE
VEZ"...
Andando
pelo Outono da vida,
Folheando
as páginas,
Amareladas
da vida,
Relendo
os fatos vividos,
É essa
a nova mulher,
Ainda,
amadurando...
A
mulher que me habita hoje!
Quantas,
ainda,
Habitarão
minha alma?
Quantas?
Antes
da mulher fatal,
Que
sairá de cena,
No
ato final Do teatro da vida,
Levando,
em fim,
Minha
alma consigo?
Irani
Martins
05/08/2018