sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

VIVER A VIDA IMPERFEITA


Quando fotografei essa imagem, me prendeu à atenção, a displicência dos jovens namorados, buscando o rio no amanhecer. Indiferentes aos questionamentos dos olhares indagadores, críticos e curiosos que exprimiam o que iam no pensamento de cada forma de olhar.
Os críticos se prenderam ao horário, considerado impróprio para o namoro nas águas frias do amanhecer.
Os curiosos se prenderam ao fato de não ser comum a tranquilidade dos jovens em namorar frete aos olhares diversos.
Os indagadores se questionaram se era certo ou errado estarem ali brincando e namorando no amanhecer. Alvo de tantos olhares.
Essa displicência, essa autonomia de ser e fazer o que julga melhor, me apaixonou naqueles jovens.
E me lembrei de um texto que li e divido com vocês agora.
Viver...é apenas viver...intensamente o agora.
Com a consciência dos que sabem que este momento não volta jamais.
IRANI
Wabi Sabi

'Wabi sabi' é a expressão que os japoneses inventaram para definir a beleza que mora nas coisas imperfeitas e incompletas.
O termo é quase que intraduzível.
Na verdade, wabi sabi é um jeito de 'ver' as coisas através de uma ótica de simplicidade, naturalidade e aceitação da realidade.
Contam que o conceito surgiu por volta do século 15.

Um jovem chamado Sen no Rikyu (1522-1591) queria aprender os complicados rituais da Cerimônia do Chá.
E foi procurar o grande mestre Takeno Joo.
Para testar o rapaz, o mestre mandou que ele varresse o jardim.
Rikyu lançou-se ao trabalho feliz.
Limpou o jardim até que não restasse nem uma folhinha fora do lugar.
Ao terminar, examinou cuidadosamente o que tinha feito: o jardim perfeito, impecável, cada centímetro de areia imaculadamente varrido, cada pedra no lugar, todas as plantas caprichosamente ajeitadas.
E então, antes de apresentar o resultado ao mestre Rikyu chacoalhou o tronco de uma cerejeira e fez caírem algumas flores que se espalharam displicentes pelo chão.
Mestre Joo, impressionado, admitiu o jovem no seu mosteiro.
Rikyu virou um grande Mestre do Chá e desde então é reverenciado como aquele que entendeu a essência do conceito de wabi-sabi: a arte da imperfeição.

O que a historinha de Rikyu tem para nos ensinar é que estes mestres japoneses, com sua sofisticadíssima cultura inspirada nos ensinamentos do taoísmo e do zen budismo, conseguiram perceber que a ação humana sobre o mundo deve ser tão delicada que não impeça a verdadeira natureza das coisas de se revelar.

E a natureza das coisas é percorrer seu ciclo de nascimento, deslumbramento e morte; efêmeras e frágeis.
Eles enxergaram a beleza e a elegância que existe em tudo que é tocado pelo carinho do tempo. Um velho bule de chá, musgo cobrindo as pedras do caminho, a toalha amarelada da avó, a cadeira de madeira branqueada de chuva que espreguiça no jardim, uma única rosa solta no vaso, a maçaneta da porta nublada das mãos que deixou entrar e sair.
'Wabi sabi' é olhar para o mundo com uma certa melancolia de quem sabe que a vida é passageira e, por isso mesmo, bela.

Texto de autor desconhecido

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

VIVER É VALORIZAR OS MOMENTOS FELIZES

"Arranjo de flor
Um carinho de natal"
feito por Ana Rita
A JORNADA...
Nossa vida é como uma lavoura cultivada,
Feita de momentos, etapas cumpridas e zelos.
Ora capina, ora rega, ora poda, ora ara, ora semeia;
A cada etapa uma missão a viver e a cumprir.
Vivemos de momentos...
Ora bons, ora ruins...
Ora cultivados de esperança...
Ora assolados pelas intempéries.
E vivemos...
E já que vivemos de momentos...
Porque essa atitude paradoxal,
Imposta por nós a nós mesmos,
De viver em suspense por possibilidades futuras?
Seres humanos... Desumanos...
Com suas próprias vidas e criações.
Angústias impostas, cobranças tirânicas,
Comportamentos opressivos, impróprios,
Contudo existem e nos fazem oprimidos.
Ora, fazemos aos outros,
Ora, nos fazem,
Ora, nos fazemos,
E vivemos...
E a colheita é boa?
Terra mal cultivada dá bons frutos?
Por que não vivermos intensamente este presente
Que o próprio nome já diz... Já determina...
“PRESENTE”,
Deixando pra lá o que há de vir?
Plantemos as ações que estamos a fim,
Dentre elas, plantemos sorrisos,
Cultivemos! Reguemos e sejamos felizes!
Não nos esquecendo nunca,
Que o momento presente é o melhor momento.
E quem está do nosso lado neste momento,
É a pessoa mais importante do mundo.
E nós... somos a semente germinada,
Crescendo... florescendo...
A cada carinho ou cuidado dispensado a nós mesmos.
Cada etapa, cada dia, um dado novo,
Uma maturidade, um sentimento a ser cuidado.
No final saberemos e teremos vivido intensamente!
E seremos livres... E nos conheceremos!
Colheremos o fruto da nossa vivência,
Rica das pequenas coisas percebidas,
Transformadas em paciência, esperança e fé.
Os problemas existem.
Estão aí e fazem parte,
Como as pragas que atingem nossa plantação.
Nem por isso deixemos de regá-la.
E dispensar a ela todos os cuidados.
Vê-la florescer é o fruto das nossas esperanças.
Assim como alcançar o conhecimento da vida,
É o fruto da nossa vivência.
Irani Martins Ferreira da Silva
16/03/2004

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

FAMÍLIA UNIDA


Deus nos deu a condição de família para vivermos assim...
Juntos nas águas plácidas, separados no aprendizado da distância e da solidão, mas unidos no ato de ensinar a buscar nossas necessidades, nossos alimentos para o físico e para a alma.
Família é o amparo, o aconchego e a alegria de conviver.
Irani

domingo, 7 de fevereiro de 2010

QUEIJO, BACALAU E VINHO NA COMPANHIA DE BONS AMIGOS, FAZEM DO SIMPLES UM MOMENTO INESQUECÍVEL.

A arte de beber vinho

Para comemorar, para conquistar ou simplesmente para degustar com um bom prato, o vinho pode ser a bebida ideal.

Foi-se o tempo em que o ritual de beber vinhos era necessariamente cheio de pompa.
Hoje, um leigo no assunto pode experimentá-lo sem precisar seguir a extensa cartilha dos experts, cheia de regras e convencionalismos.
"É caipira e atrasada a idéia de que para beber vinho é necessário excesso de requinte e sofisticação.
O vinho é uma bebida popular desde a sua origem", explica o enólogo Pedro França, palestrante responsável pelo curso básico de vinhos do Senac de São Paulo.
Os tipos de uva
Há diversos tipos de uvas com as quais os vinhos são produzidos.
Ao lado do processo utilizado, são elas que definem as características do vinho.
Cabernet Sauvignon Responsável pelos grandes tintos de Bordeaux (França), sua terra natal, produz vinhos finos e encorpados. É combinada com outras uvas para amenizar seu bouquet extremamente marcante. A cor é bem escura e profunda.
MerlotUva de Bordeaux (França) com a qual se fazem os profundos e redondos Pomerol e Saint-Émilion. Quando vinificada sozinha - sem a utilização de outros tipos de uva -, produz vinhos macios, de boa estrutura, aromáticos e de grande elegância.
Pinot Noir Única uva a compor os grandes Bourgognes tintos da Côte d'Or (França). É encontrada hoje em todas as regiões vinícolas do mundo, exceto em regiões mais quentes. Sua maior característica é o aroma adocicado e nível de tanino e pigmentação inferior a outras variedades de uva vegetais e minerais. Dá origem a vinhos frescos e elegantes.
Pinotage Marca registrada da África do Sul, seu aroma característico exibe notas de amêndoas tostadas. Os melhores produtores conseguem elaborar vinhos de longa guarda de excelentes qualidades.
Chardonnay Uva francesa da Bourgogne, é considerada a melhor para vinho branco fino. É mais ácida no paladar quando usada em Champagne ou no Loire e mais suculenta nos grandes Bourgognes, em que fermenta e amadurece em tonéis de carvalho. A colheita é uma hora crucial para a produção do vinho: ela deve ser colhida no momento certo, pois com o avanço do amadurecimento há a perda de acidez, que é característica necessária para a fabricação destes vinhos.
Gewürztraminer Variação de uma uva chamada Traminer, ela é responsável por vinhos brancos de grande e intenso aroma, normalmente mais alcoólicos, produzidos na Alsace (França), em versões seca ou doce. Produz vinhos muito doces para acompanhar sobremesas.
Sauvignon Blanc Uva branca utilizada para confeccionar o Sancerre, do Loire (França), e todos os Bordeaux brancos. Produz vinhos de melhor qualidade em climas frios. Facilmente reconhecida por notas.

Os tipos de vinho

Os tipos de uva utilizados, o processo de fabricação e a região onde são produzidos estabelecem os diferentes tipos de vinhos.

Veja abaixo quais são eles quais as suas características:
Tintos São produzidos com enorme variedade de uvas, com resultados que variam de acordo com a região e as técnicas de produção empregadas.
Podem ir dos mais leves e refrescantes, que devem ser bebidos imediatamente, a vinhos extremamente densos e encorpados.
Os mais leves são os Valpolicella e os Bardolino, na Itália, e o Beaujolais Nouveau, da Bourgogne francesa. Ainda entre os mais leves, porém mais sutis, estão os Bourgogne, Côtes-du-Rhône, a maioria dos Bordeaux (na França), Rioja (Espanha), Chianti (Itália), Dão, Douro e Bairrada (Portugal) e os Cabernet Sauvignon do Chile, Austrália e Nova Zelândia.
Outros são fortes, com grande concentração e cor profunda, e têm longa guarda, como o como os Cabernet Sauvignon da Califórnia (EUA), o Hermitage (francês), os Barolo e Brunello di Montalcino (italianos) e o Vega Sicília (espanhol).
Brancos secos Feitos com uvas brancas, são jovens e frescos e mais simples - sem profundidade de aromas e sabores.
É o caso dos Bordeaux brancos, dos Chablis mais simples, Aligoté e Mâcon (os três da Bourgogne francesa) e dos italianos Frascati, Verdicchio, Orvieto e Soave, entre outros. Podem também ser frutados e aromáticos. Como exemplos, os alemães do Reno e Mosela (Riesling), os franceses da Alsace (uvas Riesling e Gewürztraminer) e os da Nova Zelândia. Há ainda os encorpados e aromáticos: são os Bourgogne brancos - feitos de Chardonnay e maturados em barris de carvalho. Há também os melhores vinhos da Alsace (de Riesling e Gewürztraminer), do vale do Loire (Sancerre, Pouilly) e da Rioja espanhola.
Brancos doces
São os chamados vinhos de sobremesa.
O doce característico vem da própria uva, sem a adição de açúcar.
O mais famoso é o francês Sauternes, da região de Bordeaux (uvas Sémillon e Sauvignon). RosésProduzidos com uvas tintas.
Durante a vinificação, a casca é retirada no meio do processo, de forma que tinja apenas levemente o vinho.
São produzidos na França, no vale do Rhône do Loire.
EspumantesFeitos de uvas brancas ou tintas, na maioria das vezes dão origem a vinho branco ou rosé, com gás.
O melhor exemplo é o feito na região de Champagne (na França).
No resto do país, são chamados de musseux ou crémant;
na Itália, spumante;
na Espanha, cava;
na Alemanha, sekt.
Fortificados Produzidos como vinhos de mesa, têm adição de álcool (chega a quase 20% de teor alcóolico), são mais doces e têm maior durabilidade
É o caso do vinho do Porto e do Madeira (Portugal), do Jerez (Espanha) e de vinhos utilizados em sobremesas, como os franceses Muscat de Beaunes-de-Venise, Rivesaltes e Banyuls e o português Moscatel de Setúbal.

São normalmente mais acastanhados.

ENTENDENDOOS RÓTULOS DO VINHO

Não é tarefas das mais fáceis decifrar as informações que vêm no rótulos dos vinhos.
Como não há regras para a a apresentação dos dados que os classificam, até os iniciados encontram dificuldades para interpretá-las.
Para facilitar a compreensão e padronização, o modelo francês de rótulo serve como referência para os demais países produtores.
Em geral, porém, os rótulos trazem os seguintes dados:
Nome do vinho
País de origem
Nome do produtor
Conteúdo da garrafa em unidade de medida
Graduação alcoólica
Região de origem
Nome do engarrafador
Termos de qualidade aprovados

Como armazenar os vinhos

Calor, mudanças bruscas de temperatura, luz, trepidação, baixa umidade e odores estranhos são os maiores inimigos dos vinhos.
Para não prejudicar o desenvolvimento de suas potencialidades - processo decorrente do envelhecimento - é necessário armazená-los em condições adequadas.
A melhor opção é acondicionar as garrafas de vinhos em adegas.
Para quem não tem muito espaço em casa, a aposta é investir em adegas portáteis, espécies de armários refrigerados que respeitam as condições de temperatura e umidade ideais para a conservação dos vinhos (entre 11ºC e 17ºC, e 70% de umidade relativa do ar).
Para quem tem espaço, construir uma adega climatizada em casa é mais vantajoso.
No espaço escolhido, coloca-se um equipamento de refrigeração para manter a temperatura ideal.
Se você não tiver dinheiro para investir em uma adega, a sugestão é manter os vinhos em lugar fresco, ao abrigo da luz e do calor - sempre em posição horizontal.
Um espacinho debaixo da escada seria o lugar mais apropriado. Nesse caso, porém, não vale a pena guardar vinhos caros e preciosos, que precisem de muitos anos para envelhecimento.

Taças e quantidades de vinho

Existem diversas taças, adequadas para os mais variados tipos de vinhos. Mas você precisa, basicamente, de apenas quatro:
Taça porto Ideal para o vinho do Porto, que é extremamente alcoólico (20%) e possui muitos aromas. A taça é pequena, com bojo pequeno em relação à altura.

Borgonha - tinto O bojo é mais largo e a altura é baixa. Há maior espaço para a respiração vinho. Serve para vinhos mais ácidos e que pedem maior oxigenação.

Bordeaux - tinto A taça é mais alta e o bojo é pequeno. Serve para vinhos mais suaves e propicia a volatização dos aromas.

Chardonnay - branco O bojo é maior e a altura é baixa devido ao alto grau de acidez da uva, que precisa oxigenar e volatizar aromas.

Sauvignon Blanc - branco O bojo é menor e a altura é maior para proporcionar menor contato com o ar. A uva é delicada, com grandes aromas

Atenção: Se você não tiver copos de cristal, você pode servir em copo de vidro comum.

O vinho não vai deixar de perder a importância se ele for de boa qualidade.

Vinho ruim é imperdoável e inesquecível, uma vez que a dor de cabeça pode quase se perpetuar.

Veja quais são as quantidades que você deve servir por pessoa.
1 taça de vinho ou espumante no aperitivo
1/2 garrafa durante a refeição
1 taça de vinho com os queijos
1 taça depois do jantar

Etiqueta, verdades e mentiras

A maior regra na arte de apreciar um bom vinho é que toda a regra - principalmente as conservadoras e não justificadas - podem (e às vezes devem) ser quebradas.
Mas, claro, há regras que têm razão de existir.

Veja dez dicas para não fazer feio na hora de degustar um vinho:

1. Não existem regras rígidas Antes de se tornar um expert em vinhos, é preciso saber que não existem regras rígidas para consumi-los.

2. As normas convencionais, citadas em manuais de connaisseur, devem ser consideradas apenas como recomendação - e não como uma imposição.

3. Transgredi-las é possível, sem que isso seja um sacrilégio.


4. Você já deve ter ouvido que, ao contrário dos vinhos brancos, os tintos só podem ser servidos em temperatura ambiente.
Esqueça essa. Como no Brasil a temperatura ambiente é normalmente mais alta do que a dos países europeus - mesmo nas estações frias - vale refrescar o vinho no refrigerador por alguns minutos (mas nunca no freezer ou no congelador). 5. Não escolha vinho no "uni-duni-tê" Lembre-se que não há nada mais deselegante que servir vinho sem conhecê-lo. Ninguém tem obrigação de ser uma enciclopédia de enologia - perguntar, porém, não custa nada.

6. Idade não significa qualidade Quanto mais velho, melhor o vinho. Certo?
Não necessariamente. Um vinho ruim pode ficar décadas oxigenando em barris de carvalho e continuará ruim. Quanto aos vinhos reconhecidamente bons, o que vale é ficar atento à safra - é mais importante saber se o ano em que o vinho foi fabricado teve uma boa safra do que sua idade.

7. Preço (também) não significa qualidade.

8. No restaurante, prove antes de servirQuando você vai ao restaurante, o garçom sempre serve um pouco de vinho na taça para degustação. Esse não é um ritual injustificado, ao contrário do que possa parecer. Um vinho mal conservado torna-se ácido ou acre - ao prová-lo antes, portanto, estará se salvando de comprar gato por lebre. Ou melhor, vinagre por vinho.

9. Mexer o vinho não é frescura Você já deve ter visto as pessoas mexerem a taça com o vinho antes de bebê-la - esse, também, não é um ritual injustificado. Ao sacudi-la em movimentos circulares, você está ajudando a oxigenar a bebida, deixando-a com o aroma mais apurado. O macete, porém, deve ser usado de forma criteriosa. Se a garrafa do vinho já estiver aberta em cima da mesa, ele torna-se desnecessário.

10. Vinho deve ser servido em taça para vinhosPode acreditar: os connaisseur são terminantemente contras os rituais injustificáveis ao degustar vinhos. Usar uma taça adequada, porém, não se enquadra nessa categoria. Copos para vinho devem necessariamente ter haste e bojo, para que o calor das mãos não altere o sabor da bebida. Outro detalhe: a taça deve ser necessariamente incolor, para que se possa apreciar a tonalidade da bebida. Pela cor, inclusive, você pode até ter noção da idade do vinho: se sua cor é um vermelho rubi, bem vivo, pode ter certeza de que é um vinho jovem. E se for mais escura, quase acastanhada, trata-se de um vinho mais envelhecido.

11. Vinhos jovens precisam respirarLembre-se de que os vinhos jovens (engarrafados recentemente) devem ser abertos uma ou duas horas antes de serem servidos, para que oxigenem, o que melhorará sensivelmente o seu sabor. Já um vinho mais antigo deve ser aberto na hora de servir, pois ele já foi suficientemente oxigenado durante os anos de envelhecimento.

12. Adega não é coleção de vinhosConservação é (quase) tudo quando se trata de vinhos. Por isso, se você não tem uma adega em casa, de nada adianta comprar bons rótulos para deixar de "reserva".

13. Vinho deve valorizar o prato Vinhos brancos são ótimos acompanhamentos para carnes brancas (aves, peixes, crustáceos). Na verdade, o vinho branco pode acompanhar qualquer prato, até mesmo as massas. Ao contrário dos vinhos brancos, os tintos já exigem alguns cuidados. Eles são especialmente recomendáveis para acompanhar queijos, carnes de vaca e de porco, caças, presuntos etc. Mas não devem acompanhar saladas temperadas com vinagre, crustáceos ou pratos com molho branco. Os tintos também não combinam com sobremesas de doces ou chocolate.

Vinhos X Refeições

Os vinhos devem fazer uma parceria perfeita com os pratos para que ambos tenham as qualidades ressaltadas. Combinar vinhos com comida é um dos grandes temores de quem está se iniciando na arte da degustação. Mas não existem grandes mistérios.
Segundo o enófilo e diretor da Academia do Vinho, Carlos Arruda, o bom senso é fundamental. Uma comida gordurosa cai melhor com um vinho mais ácido, já uma refeição leve e de sabor suave pede um vinho de mesma intensidade para que um não prevaleça sobre o outro. "O acompanhamento ou o molho são mais determinantes na escolha do vinho do que o tipo de alimento. Uma massa, teoricamente, pede vinho tinto, mas se o molho for branco, a combinação fica melhor com vinho branco", diz o especialista.
Com o tempo, a harmonização entre bebida e alimento fica mais evidente. Até isso acontecer, vale usar as "regrinhas" pré-fabricadas para evitar gafes. Confira as sugestões do enófilo:
Aperitivo
Vinho branco seco ou vinho fortificado seco. Exemplos: Porto White ou Dry White, Jerez Fino, Manzanilla ou Amontillado, Madeira Sercial, Marsala seco etc.
Espumante Brut. Exemplos: Champagne, Sekt, Cava, Blanquete de Limoux, Champanha etc.
Vermute secoSobremesa
Vinho branco doce de qualidade
Exemplos: Sauternes, Alsace, Vendange Tardive, Séletion de Grains Nobles, Tokay e os alemães com os predicados "mit Predikat": Auslese, Beerenauslese, rockenbeerenauslese e Eiswein.
Vinho fortificado Demi-sec ou doce Exemplos: Porto, Ruby, Tawny, LBV, Vintage, Jerez (Amoroso, Oloroso ou Cream); Madeira (Verdelho, Boal ou Malmsey), Moscatel de Setúbal, Banyuls, Moscato d'Asti, Banyuls, Marsala, Málaga (Lagrima Christi) etc.
Espumante Demi-sec ou doce
Exemplos: Asti (italiano), Cava (espanhol), Champagne Doux (francês), Sekt Suß (alemão), Blanquete de Limoux (francês) e outros espumantes.Digestivo
Repete os ideais para aperitivos e sobremesas.
Destilados de uva, Cognac, Armagnac e Marc (franceses), Bagaceira (portuguesa), Grapa (italiana) etc.Refeições
Peixes e frutos do mar grelhados ou em molho leve:
Espumante brut ou demi-sec ou branco seco frutado jovem ou levemente maduro
Em molho forte:
Branco maduro de boa estrutura ou rosé seco de qualidade ou tinto jovem de médio corpo
Bacalhau:
Tinto jovem ou de médio corpo ou branco maduro;
Anchova, atum, salmão e sardinha:
Tinto jovem ou de médio corpo ou branco maduro ou rosado
Carnes brancas grelhadas ou em molho leve:
Espumante brut ou branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou tinto jovem ou de médio corpo
Grelhadas em molho forte:
Tinto maduro de médio corpo a robusto
Caças de penas, pato e coq au vin:
Tinto maduro de médio corpo a robusto
Peru:
Tinto leve ou médio ou branco seco
Foie gras:
Branco doce de alto nível (Sauternes, Tokay etc.) ou fortificado doce (Porto Vintage etc.) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimé etc.)
Carnes vermelhas grelhadas ou em molho lev
Espumante brut ou tinto jovem leve ou de médio corpo
Em molho forte:
Tinto maduro de médio corpo a robusto
Caças de pêlo:
Tinto maduro robusto
Massas em molho leve ou branco:
Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de médio corpo
Em molho condimentado ou vermelho:
Espumante brut ou tinto maduro de médio corpo a robusto
Queijos- Fresco de massa mole (Frescal, Ricota, Requeijão):
Branco ou tinto jovem e leve- Fresco de massa filada (Mozzarela):
Branco ou tinto jovem e leve- Maturado de massa mole (Brie, Camambert e Coulommiers): Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado- Maturado de massa filada (Provolone):
Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido- Maturado de massa semidura (Emmental, Gouda, Reino, Prato, Saint-Paulin, Tilsit, Port-Salut):
Tinto maduro de bom corpo- Maturado de massa cozida (Roquefort, Gorgonzola, Stilton, Danablue):
Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce- Maturado de massa semidura (Emmental, Gouda, Reino, Prato, Saint-Paulin, Tilsit, Port-Salut):
Tinto jovem ou pouco velho - Maduro de massa dura (Parmesão, Pecorino):
Tinto maduro robusto ou fortificado* Observação:Os espumantes de qualidade, em especial os Champagnes, combinam com todos os tipos de queijo. Alimentos que não combinam com vinho
Temperos acentuados: curry, dendê, shoyu, wasabi etc.
Alimentos ácidos: vinagre, limão, laranja, grapefruit, kiwi etc.
Verduras e legumes: alcachofra, aspargo, couve etc.
Outros: ovo, chocolate, sopa, feijoada etc.