sábado, 6 de dezembro de 2014

A VIDA AO SABOR DOS VENTOS


 
A VIDA AO SABOR DOS VENTOS

 A vida nos leva por caminhos tais,

Que não reconhecendo o nosso trajeto,

Ficamos tal qual barco à deriva,

Sem rumo e ao sabor dos ventos.
 

E nesse vai e vem,

Nos altos e baixos da maré,

Reencontramos quem era conhecido,

E por, sabe-se lá, o porquê?
 

Deparamo-nos com o estranho.

O desconhecido, o velado...

Pois uma névoa paira,

Entre o que era e o que é.

 
Não deixando ver a mentira ou a verdade.

E na inocência de quem julgava ser,

Deparo-me com a interrogação do que sou,

Onde estou, o que sei e quem são,

Os fantasmas velados.

 
O que mudou enquanto vivi e eu não percebi?

Meus olhos, parados, fitaram o infinito,

E me perdi nos sonhos sonhados,

Comigo, contigo, com todos que conheci.

 
O concreto, o palpável, o saber,

Ainda existem para mim,

Mas não situo no mundo que vivo,

A aplicação do que aprendi.

 
Os que foram não voltam,

Se voltam, não os conheço,

Se ficam, não os alcanço,

Se os alcanço não sinto o toque,

E no toque tudo se desfaz.

 
O barco segue ao léo,

Sem rumo, ao sabor do vento,

Apenas a maré que muda...

Mais alto, mais alto!

E na baixa, leva meus sonhos,

E tudo que me faz feliz!


Irani Martins
21/03/2013 

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