Quero aprender a ouvir os
gritos que rompem,
Angustiantes,
Dentro do silêncio dos que
não falam.
Quero aprender a ouvir as
palavras faladas,
Por bocas cerradas,
Quero saber ler a mensagem,
Dos olhos que falam,
Por terem caladas, as bocas.
Quero entender o que fala,
Tombado, calado, o corpo surrado
na vida,
Quero aprender e entender,
Os porquês,
De tantas bocas cerradas,
Tantos olhares suplicantes,
Tantos silêncios constrangedores,
Lancetando a consciência...
Quando os dias continuam
iguais.
Amanhecem e anoitecem...
Iguais!
Nada muda, nesse mundo mudo
de justiça!
Onde há masmorras de
silêncios acovardados,
Mantendo a confortável posição
do não fazer.
Falta um grito de
consciência alerta,
Que desestabilize o
silêncio inerte,
E entremeio à brecha que se
abre,
Adentre a cara da verdade, corajosa!
Olvidando a hipocrisia,
Ignorando a covarde
tiraria,
Colocando, cada qual em seu
lugar.
Falando e gritando,
Pelos que tombaram silenciosos,
Por falta de ouvidos que os
ouvissem.
Quem sabe amanhã, de manhã...
Irani Martins
23/10/2017
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