Saí de casa, no alvorecer,
e me deparo com o sol mostrando todo seu explendor.
A noite se foi e o dia
acordou colorido.
O pensamento muda de
endereço, se aninha no coração e já não sou mais eu , e sim alguém que tocou o
céu, que experimentou um sentimento que deu um sentido maior a este amanhecer.
E outro pensamento se
forma, mas quem executa a ação é minha alma, perante o criador da beleza que me
toca e digo:
Eu amo a DEUS!
E assim sigo meu destino, olhando
com olhos de aprendiz, mas que já apreende a lição, que entende a necessidade
de meditar e aprender sobre ela.
Quando a viagem me coloca
em meio às nuvens, e a visão me mostra um quadro onde flocos de algodão e o mar
se tornam uno, me senti no céu.
E continuei a olhar deslumbrada,
porque o universo não tinha começo nem fim.
E, em um momento qualquer,
em que olhando lá de cima vi o habitat da humanidade, pude ver formiguinhas
iguais a mim caminhando sobre a terra. Fui chamada ao ápice das minhas reflexões
deste dia.
Somos menos que formigas.
Somos quase nada!
Comparados ao espaço sem
começo nem fim.
Não vou dizer que somos
ninguém!
Mas digo “ O que sou?” diante dessa grandeza?
Fico olhando lá do alto o
homem formiga que tantas vezes se posta
orgulhoso, certo da sua importância dentro do contexto universal.
Mas dali do alto, em meio
as nuvens...
Tive a exata noção de ser
uma partícula muito pequena de tudo isso.
Mas outro pensamento
adentra o momento sublime...
Mas sou!
Isso também veio aos meus pensamentos.
Sou apenas eu, mas sou!
Sou uma criação de Deus,
dentre todas as suas criaturas.
Essa partícula, minúscula,
que nem consigo mensurar, que sou, tem uma enorme importância para DEUS.
Ele respeita a mim de tal
forma, que não só me aceita, me ama, mas, sobretudo...
Acata minhas decisões.
Nunca questiona!
Me ama a ponto de respeitar
minhas escolhas, mesmo que eu erre, e me acolhe nos meus retornos, vencida!
A mim...
Essa partícula, que sou dentro
dessa imensidão universal, tem tamanha importância!
Deus me ama, apesar das
minhas faltas...
E até quando eu olvido sua
presença em minha vida.
Quem sou eu para merecer
tamanho respeito e amor?
Assim, certa de quem sou, meu corpo se verga
diante de tamanha grandeza!
Entendi quem sou, mas não
estou pronta para abraçar amor tão grande!
Estou envergonhada por mim,
e por toda a humanidade!
Ainda sou muito pouco,
dentro de mim...
Para agasalhar este amor em
minhas entranhas.
Para tanto, preciso deixar
de ser algo do que sou.
E aqui do alto...
Na certeza da minha
importância, embora formiguinha, dentro
do universo...
Sinto uma dor em meu
peito...
Quando?????
Quando apreenderei a
mensagem, a ponto da tranformação necessária?
De não ser mais EU e sim, que
sou pedaços de mim e ti, partes desse universo, comungando esse imenso amor.
E neste momento, minha alma
se põe de joelhos...
Em prantos!!!!
Quanto tempo minha alma permanecerá,
de Joelhos?
Até que eu me decida...
Por mim, por ti, por nossa
verdadeira alegria?
Irani Martins
12/dezembro/2015
Gostei muito, Irani.
ResponderExcluirParabéns e obrigado por este momento de reflexão.
Um grande e fraterno abraço, Irani!