E NO BAU DO ENCANTAMENTO, ENCONTREI ESTA PÉROLA...
O pulsar da poesia
Para me encontrar
fiz-me muitos outros...
Despi-me do mundo...
por amor ao poema.
Vivi em ilha habitada
por hífens e conjunções,
Cecílias e Florbelas,
Bilacs e Camões.
Do pólen, fui semente,
à espera da floração.
E penetrei na terra feito
raízes indomáveis, até o
o abissal do coração.
Com as plantas dos pés,
desnudas e doridas,
caminhei pelos galhos
sinuosos da árvore da vida.
Quando silenciou-se o
canto dos pássaros
e pereceu a beleza
das flores ao cair do dia,
era impossível voltar.
E entre os escombros
do encanto e os destroços
da estesia, não havia mais
ossos, só o pulsar da poesia...
fiz-me muitos outros...
Despi-me do mundo...
por amor ao poema.
Vivi em ilha habitada
por hífens e conjunções,
Cecílias e Florbelas,
Bilacs e Camões.
Do pólen, fui semente,
à espera da floração.
E penetrei na terra feito
raízes indomáveis, até o
o abissal do coração.
Com as plantas dos pés,
desnudas e doridas,
caminhei pelos galhos
sinuosos da árvore da vida.
Quando silenciou-se o
canto dos pássaros
e pereceu a beleza
das flores ao cair do dia,
era impossível voltar.
E entre os escombros
do encanto e os destroços
da estesia, não havia mais
ossos, só o pulsar da poesia...
(Wagner Andriote)
Belíssimo, Irani!
ResponderExcluirParabéns!