quinta-feira, 12 de junho de 2014

AINDA NAMORADOS



O RELÓGIO.
                                
O relógio ainda bate as horas,
Meu coração ainda recorda, agora,
A emoção de ouvir o tiquetar
Do meu presente, as horas badalar.
A cada volta na corda,
A cada acerto de hora,
Minha memória recorda,
Ninguém me tira esta glória.
Aquela hora ficou na lembrança.
E mesmo agora, tantas horas passadas,
Todas as horas soam aquela mesma badalada.
Renovando em mim a esperança.
Esperança de que ele venha,
Com seu sorriso matreiro,
Fazer parte do meu sonho,
Com seu jeito todo brejeiro.
Hoje vou me fazer bela,
É dia dos namorados,
A mesma promessa ainda sela,
Os lábios que estão calados.
Os badalos ainda ressoam,
do relógio sobre o tajer,
Os dias e os anos voam,
Mas uma coisa nunca mudou,
Aquela que muito lhe amou,
Quem muito ainda lhe quer,
Aqui espera, com a saudade que ficou.
  Irani Martins 
                                                    12.06.2001                                                     
Este simplório poema, foi escrito para minha mãe, em memória a meu pai Anisio, que nunca se esquecia de uma data tão importante quanto o  "dia dos Namorados", mesmo que o presente fosse uma rosa roubada de um jardim.
E este relógio foi um dos presentes dele para ela.
Escrevi o poema, porque neste dia, ela acordou e me contou que havia sonhado com ele.
Que ele havia vindo busca-la para irem a um baile de festa junina.
E ela contava com todos os detalhes de roupa, jeitos e trejeitos dele.
Acredito que realmente dançaram apaixonadamente aquela noite, em sonhos.

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