quarta-feira, 29 de outubro de 2014

EM TEMPOS DE PAZ...


                            O Sepulcro
Até quando ouvirei os ruídos da intolerância assombrando a ausência do amor, da paz, da compaixão, do respeito aos desiguais. Até quando essas retina...s cegas irão caminhar guiadas pela insensatez do ódio e pelo ácido do preconceito que corrói a beleza da primavera. Até quando não enxergaremos nada além de nós mesmos? Ao invés de ilhas e divisões que se levantem pontes de fraternidade e que os únicos muros que se ergam seja para estancar as águas de nossa desunião. Não sejamos tolos e ingênuos, nada somos calados, inertes, fragmentados. No céu além de estrelas há esperança e a cobrança é veemente e legítima. Convoco-lhes a sermos todos como a poesia, que não tem cor, nem medida, religião ou bandeira, universo de versos sem fronteira, força indomável em busca dos encantos da vida... Vamos estátuas encarnadas, senhores intelectuais, trabalhadores do mundo, levantem-se deste imenso sepulcro virtual, faça algo por alguém, só a ação transforma pedras em flores, quem faz o governo somos todos nós...
 
Wagner Andriote

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