segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A MULHER INVISÍVEL LEGENDADO.wmv







A nossa vida toda é construída sobre nossas ações.
Cada gesto, cada tarefa dentro do nosso lar ou do ambiente de trabalho é peça, ferramenta e material na construção da nossa história.
Mas muitas vezes, nos sentimos desvalorizados, pois por melhor que seja o nosso feito, por mais que tenhamos posto o melhor de nós nessa orbra, parece que ninguém vê.
Nunca recebemos o nosso reconhecimento.
E sempre ficamos esperando um gesto de retribuição ou reconhecimento.
Fica difícil conviver com o fato de não ser reconhecida.
Aí me lembre de um texto de Madre Tereza, que nos coloca no centro da sua compreensão.
Então...além de Deus...alguém sabe!
"Madre Tereza de Calcutá"
"O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã.
Faça o bem, assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante,
Dê o melhor de você, assim mesmo.
Veja você que, no final das contas é
Entre Você e Deus e não entre você e os homens"
(apenas um pedaço do seu texto)
Irani Martins.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

“A PIOR FORMA DE POBREZA”


“A PIOR FORMA DE POBREZA”,
               por Hirondina Joshua

Os antigos aqui em Moçambique, quando dizem que alguém é pobre, saiba que é órfão ou é sozinho.
Aqui na minha terra a pobreza não se mede pelos bens materiais. Pobre é aquele que não tem ninguém.
Mede-se a riqueza pelo número de pessoas com quem podemos contar, tenhamos com elas laços de sangue ou não.
Então estes conceitos de pobreza e nobreza transcendem questões materiais. Ora, ter alguém com quem contar é mais que ter um carro ou uma casa ou mesmo uma grande conta bancária.
Nestes tempos de globalização, até a pobreza mudou de gestos: olha para o ocidente. E o contrário é sem dúdiva um acidente.
Vamos fugindo da nossa pobreza para a pobreza dos outros.
Não será esta a pior forma de pobreza?


sábado, 8 de outubro de 2016

PRENDI O CANTO DO PÁSSARO, CONTIGO, NA GAIOLA.


PRENDI O CANTO DO PÁSSARO, CONTIGO, NA GAIOLA.

Quando vi que o som da natureza não te acordou,
Que o canto dos pássaros, não adentrou o seu mundo,
Que não mais via o mundo com os mesmos olhos,
E todo o som que ouvia, era o ruído dos seus próprios pensamentos,
Prendi o canto do pássaro em uma gaiola,
E coloquei à sua frente,
Na esperança que renascesses...
Vivi um mundo inquieto,
De olhos atentos,
De “ouvidos em pé”,
De silêncio profundo,
Esperando sinais...
Um brilho nos olhos,
Uma palavra muda,
Um som que falasse...
Um gesto de vida.
E o canto engaiolado foi trinando mais alto...
Repicava a garganta, o canário que cantava,
Se não sabia em consciência,
Adivinhava a responsabilidade do seu canto,
E cantou...
Aprendeu novas notas,
Criou novos compassos,
E tornou mais belo o seu canto,
Adentrou o ouvido que se mostrava surdo,
Deu vida aos olhos embaçados,
Movimentou a boca num sorriso tímido,
Trouxe ação ao corpo que se mantinha inerte.
E este, num momento de descuido,
Se fez vivo,
E trouxe uma companhia para seu pássaro cantante,
Quanto te vi,
Surdo para som do mundo,
Prendi o canto do pássaro contigo na mesma gaiola,
E trouxe a vida de volta para ti.

Irani Martins
07/09/2016