A solidão final
Quisera nunca saber o que é a solidão,
Quisera nunca sentir,
o som desse silêncio atroz,
Quisera nunca encontrar vazio,
O espaço que me preenche de ti.
Mas não é de querer, que é feita a vida,
Não é de sonhar que se constrói a jornada,
Não é chorando que vou regar minhas plantas,
Que semeei...
sorrindo contigo,
A dor é grande, nesse vazio que fica,
O silêncio favorece o eco,
E a dor encontra sua voz que fala através do nada.
Quisera nunca Ter me encontrado com ela!
Solidão de ti,
Dor do vazio, sem você...
Já não vou mais chorar,
Água salgada,
não alimenta as flores do meu jardim...
Os dias vão ficando curtos...
E o tempo escasso...
PRECISO CUIDAR DE MIM!!!!
Há ainda, uma solidão que virá,
causando uma dor diferente,
E será a maior de todas elas,
E dessa vez nem poemas, nem canções,
Retratarão o vazio dessa solidão.
Nada estará ao nosso lado...
O silêncio perdurará...
De dentro...
o medo se pronuncia silencioso,
De fora...
A covardia dos sem palavras,
produzirá um silêncio maior,
E por companhia...
Um coração que bate no ritmo do medo,
E estarei só...
Para receber a morte que chega,
Implacável!
Irani Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário