sábado, 23 de março de 2013


 

A VIDA AO SABOR DOS VENTOS
 

A vida nos leva por caminhos tais,

Que não reconhecendo o nosso trajeto,

Ficamos tal qual barco à deriva,

Sem rumo e  ao sabor dos ventos.

 
E nesse vai e vem,

Nos altos e baixos da maré,

Reencontramos quem era conhecido,

E por sabe lá o porquê,

 
Nos deparamos com o estranho.

O desconhecido, o velado...

Pois uma névoa paira,

Entre o que era e o que é.

 
Não deixando ver a mentira ou a verdade.

E na inocência de quem julgava ser,

Me deparo com a interrogação do que sou,

Onde estou, o que sei e quem são,

Os fantasmas velados.

 
O que mudou enquanto vivi e eu não percebi?

Meu olhos parados, fitaram o infinito,

E me perdi nos sonhos sonhados,

Comigo, contigo, com todos que conheci?

 
O concreto, o palpável, o saber,

Ainda existem para mim,

Mas não situo no mundo que vivo,

A aplicação do que aprendi.

 
Os que foram não voltam,

Se voltam não os conheço,

Se ficam não os alcanço,

Se os alcanço não sinto o toque,

E no toque tudo se desfaz.

 
O barco segue ao léo,

Sem rumo, ao sabor do vento,

Apenas a maré que muda...

Mais alto, mais alto...

E na baixa leva meus sonhos,

E tudo que me faz feliz!

 
Irani Martins Ferreira da Silva     21/03/2013  São Paulo

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