quarta-feira, 9 de março de 2016

VIDA SEM ALMA




VIDA SEM ALMA
E há aqueles dias...
Que todas as palavras ditas e escritas, não cabem, nem servem para si mesma.
Que todos os seus credos se transformam em dúvidas e dentre essas, sua própria existência.
Já não se trata de saber sobre missão...
Isso agora está muito além da minha capacidade de buscar entender os mistérios da vida.
Busco, agora, procurar respostas, imediatas, que preciso para sair das minhas próprias trevas.
Sair de mim mesma, é a tarefa mais difícil que já me deparei nessa minha caminhada.
Não envolve apenas remexer feridas abertas, que sangram e dificultam a limpeza para a cura.
Significa trazer à luz as feridas e o que busco ocultar como defesa.
Desconheço-me, nesse corpo sem alma. Já que vida, nada mais é, que a alegria da alma.
Sou apenas um bloco, vazado, já que sou toda abismo, sem conexão com nada.
Não é verdade...
Conecto-me a esse “sentimento” estranho, que me rotula ninguém, ou nada, pois não há, de verdade, um termo que explique se sentir assim.
E não há milagre que chega, te envolvendo, remendando suas dores, preenchendo seus vazios.
Não há...
Sempre é preciso buscar!
Mas não há força na inanição dos meus pés. Nem coragem na minha alma sem vida.
Lembro-me de ter feito isso, com palavras, feito rima, tinha som, havia riso...
Mas quem leu, ouviu a música composta em rima, achou interessante a escrita, admirou a grafia correta, mas não leu a emoção da mensagem.
Mas houve até quem não lesse!
Vieram então outras artes, já que a vida pede teatro, e foi ficando tarde para novas formas de expressão.
Aqui estou...
Nesse nem sei quem sou...
Tantos falam de solidão, achando que a palavra explica estar-se só, sem outros à volta.
Solidão é mais que isso...
Solidão é não ter ninguém, nem encontrar a si mesmo.
É ser ilha, e não se situar dentro dela.
O que está fora não adentra...
Não tem pulsação...
No seu próprio coração!

Irani Martins
09/03/2016


sábado, 5 de março de 2016

A MÚSICA QUE TOCA EM MEU CORAÇÃO.


A MÚSICA QUE TOCA EM MEU CORAÇÃO.

Neste novo dia, quero a alegria do recomeço...
A leveza da naturalidade...
Jogando fora as fantasias, o peso de todas as máscaras...
Os enfeites desnecessários,...
E que possamos todos, retornar a ser quem somos, a pessoa que queremos ser.
Aquela que dança conforme a música do seu coração, e se veste para essa ocasião com o mesmo sentimento de liberdade.
Leve, natural, que nada nos custa a não ser sermos apenas nós mesmos.
Esse ser que amamos, e se ainda não aprendemos amá-lo, que seja hoje o dia da descoberta, de que para amar, é preciso antes amar a nós mesmos. 
Para entender de amor ou de qualquer outra coisa na vida, precisamos antes, estar convivendo com esse desconhecido, apalpando, sentindo, exercitando, respirando, absorvendo, fazer dele parte de nós. 
E só então saberemos dele e o conheceremos.
E se conhecermos o amor...
Ah!  O amor!
Esse que nos faz compreender...
Poderemos sim, nos vestirmos de acordo com a música que toca em nossos corações e dançamos o ritmo ditado por ela, com simplicidade e naturalidade.
Assim, sem mais nada...
Máscaras...
Para que?

É um novo dia, sintonize seu coração e ouça a sua música.
Recomecemos!

Irani Martins
05/03/2016

quarta-feira, 2 de março de 2016

A VOLTA POR CIMA.


A VOLTA POR CIMA.

Arriba!
A vida recomeça para novos desafios.
O sol quando aponta no horizonte, acende todas as suas luzes, brilha iluminando o dia, resplandecente, sem se preocupar com as nuvens que ao longo do dia podem se transformar em tempestades devastadoras.
A cada momento o seu brilho.
A cada momento uma ação correspondente necessária.
Se a tempestade chegar, ofuscando sua luz, sabe que será apenas por um determinado tempo e depois será a hora da ação renovadora e reconstrutiva.
De voltar à cena, novamente brilhando, dando cor e novas matizes à paisagem lavada.
Trazendo calor à terra úmida, completando a tarefa da germinação da semente. 
A cada momento uma ação correspondente.
Não há tempo de olhar atrás.
A vida segue seu curso e o curso da vida tem direção ao futuro.
Arriba!
Acende a luz que aí está, dribla as nuvens que possam estar chegando, ou dê a elas a passarela para que desfilem o seu momento, pois a dor também é renovadora. Mesmo que não vejamos isso quando a ferida está aberta.
Arriba!
As dores vêm... e se vão...
A cada momento uma ação necessária.
E neste momento, a ação necessária é que se lembre que você é especial para Deus e para você mesma.
Os outros...
Esperem na fila, para assistirem a sua volta por cima e sua chegada triunfante e cheia de luz.

Irani Martins
02/03/2016