terça-feira, 21 de junho de 2011

PALAVRAS DO CHICO

Que eu continue a acreditar no outro mesmo sabendo de alguns valores tão esquisitos que permeiam o mundo;


Que eu continue otimista, mesmo sabendo que o futuro que nos espera nem sempre é tão alegre;


Que eu continue com a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, uma lição difícil de ser aprendida;


Que eu permaneça com a vontade de ter grandes amigos(as), mesmo sabendo que com as voltas do mundo, eles(as) vão indo embora de nossas vidas;


Que eu realimente sempre a vontade de ajudar as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, sentir, entender ou utilizar esta ajuda;


Que eu mantenha meu equilíbrio, mesmo sabendo que os desafios são inúmeros ao longo do caminho;


Que eu exteriorize a vontade de amar, entendendo que amar não é sentimento de posse, é sentimento de doação;


Que eu sustente a luz e o brilho no olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que vejo no mundo, escurecem meus olhos;


Que eu retroalimente minha garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são ingredientes tão fortes quanto o Sucesso e a Alegria;


Que eu atenda sempre mais à minha intuição, que sinaliza o que de mais autêntico possuo;


Que eu pratique sempre mais o sentimento de justiça, mesmo em meio à turbulência dos interesses;


Que eu não perca o meu forte abraço, e o distribua sempre;


Que eu perpetue a Beleza e o Brilho de ver, mesmo sabendo que as lágrimas também brotam dos meus olhos;


Que eu manifeste o amor por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exige muito para manter sua harmonia;

Que eu acalente a vontade de ser grande, mesmo sabendo que minha parcela de contribuição no mundo é pequena;


E, acima de tudo...


Que eu lembre sempre que todos nós fazemos parte desta maravilhosa teia chamada Vida, criada por Alguém bem superior a todos nós!


E que as grandes mudanças não ocorrem por grandes feitos de alguns e, sim, nas pequenas parcelas cotidianas de todos nós!


(Chico Xavier)






segunda-feira, 20 de junho de 2011

O AMOR

O amor



Então Almitra disse, fala-nos do Amor.


E ele ergueu a cabeça e olhou para o povo e caiu uma grande imobilidade


sobre eles.

E em voz poderosa ele disse:


Quando o amor vier ter convosco,


Seguros embora os seus caminhos sejam árduos e sinuosos.


E quando as suas asas vos envolverem, abraçai-o, embora a espada oculta sob


as asas vos possa ferir.

E quando ele falar convosco, acreditai,


Embora a sua voz possa abalar os vossos sonhos como o vento do norte


devasta o jardim.


Pois o amor, coroando-vos, também vos sacrificará. Assim como é para o


vosso crescimento também é para a vossa decadência.


Mesmo que ele suba até vós e acaricie os mais ternos ramos que tremem ao


sol, também até às raízes ele descerá e abaná-las-à


Enquanto elas se agarram à terra.

Como molhos de trigo ele vos junta a si.


Vos amanha para vos pôr a nu.


Khalil Gibran