quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Novo ano, promessas de renovação

ANO NOVO, VIDA NOVA ?

Acorde no dia 1 de janeiro,
Olhe o mundo por inteiro,
Não perca nenhum detalhe,
Antes que com alguém fale.

Retenha toda a beleza,
Aí se sente à mesa,
Tome o seu café...
De coração aberto e com fé.

Aproveite esse dia bem,
Não se deixe ficar tenso,
Receba bem o ano que vem,
Ao velho balance o lenço.

Abrace a quem chegar,
Para participar desse altar,
Desfrutem junto a certeza,
De Ter DEUS na sua mesa.

Não faça planos... aceite,
Esse momento em deleite,
Feche os olhos tire proveito,
Dessa paz dentro do peito.

Se puder junte seus filhos,
Como os grãos da espiga de milho,
Façam juntos a promessa,
De amor... para o ano que começa!

Irani/22/12.99

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

E AINDA NÃO ENCONTREI O QUE PREGUEI

E AINDA NÃO ENCONTREI O QUE PREGUEI
Eu caminhei de um lado a outro…
Atravessei continentes…
Procurei nas aldeias distantes…
E também no centro das metrópoles…
Mas ainda não encontrei o que preguei…

Procurei no sorriso da criança…
Ou na consciência do adulto…
Em cada vulto… Um indulto…
Uma esperança…
Mas ainda não encontrei o que preguei…

Viajei… Naveguei…
E novamente solucei…
Pelo que não encontrei…
Uma paz em uníssono…
E ainda não encontrei o que preguei…

Voltei em silêncio…
Vi tantas guerras… Tanto calafrio…
Tanta morte anunciada em vida…
Vestida de Midas…
E ainda não encontrei o que preguei…

Vasculhei as cidades…
Vi tanta desigualdade…
Mesas cheias, frutas importadas…
Árvores coloridas, tão iluminadas…
Enquanto em tantas casas falta
O pão de cada dia…
Morrendo de fome tantos Josés e Marias…
E ainda não encontrei o que preguei…

Percorri todos os distritos…
Vi crianças pedindo esmolas…
Crianças sem escolas…
Rostos contritos… Pais aflitos…
E ainda não encontrei o que preguei…

Procurei por todas as ruas…
Vi tantas almas nuas…
Adolescentes drogados, abandonados…
Idosos nas calçadas jogados…
E ainda não encontrei o que preguei…

Fotografei cada coração…
No lugar da alegria e do perdão
Só enxerguei mágoa e tristeza…
Vi muita dureza e aspereza…
E ainda não encontrei o que preguei…
Ainda não encontrei o que procurei…

Um eco constante a cada ano…
Que ressoa aos meus ouvidos…
Vem-me o desânimo…
Os ideais de fraternidade…
Irmãos dêem-se as mãos…

Não fiquem na contramão do amor…
Semeando angústia e dor…
Porque o que preguei…
Foi à festa da libertação…

A igualdade entre os homens
Sem discriminação…
O direito à vida…
Toda gente por mim foi redimida!

Porque o que preguei…
Foi o direito a conscientização…
A luta para extinguir o mal…
E o desejo de um mundo ideal…

Porque o que preguei…
Foi o grito de protesto a opressão…
O dia a dia lutando com ardor…
Para a morte da miséria…
Para a ressurreição do amor…

Eu preguei a paz… O respeito… O amor…
E como nada disso,
Entre os homens encontrei…
Continuo procurando...
O que preguei…
Carmen Cecília & Carmen Vervloet

sábado, 19 de dezembro de 2009

AS VESTES DE GALA SÃO: SIMPLICIDADE, HUMILDADE E BONDADE

DA FESTA DE NATAL...

Natal é festa,
É surpresa!
Tanta coisa boa na mesa!
Quer festa melhor que esta?

E como vai o coração?
Vestido prá ocasião?
É preciso que esteja...
Antes de se sentar à mesa.

Já plantou solidariedade?
No solo fértil interior?
Afinal...neste dia o menino completa idade,
E gostaria de ganhar o amor,
Como presente...
Da humanidade!

Na mesa toalha branca,
Não precisa botar banca,
No centro o pão e o vinho,
Verás...não está sozinho!

Despoje a roupa de gala,
Jogue em qualquer mala,
Vista o traje da humildade,
E adornos de bondade,

Aja com simplicidade,
Verás...é só felicidade!
Abra o seu coração,
Acolha o seu irmão.

Viva assim o seu natal,
Isto não lhe fará mal,
Receba assim o ano que vem,
Isto só lhe fará bem.

IRANI/ 23.12.1999

domingo, 13 de dezembro de 2009

PREPARANDO O CORAÇÃO PARA O RENASCIMENTO

DAR E RECEBER
Irani martins ferreira da silva
10/12/2003
Dar sem esperar nada em troca,
Isto é a máxima da caridade,
Todos sabemos disso,
Todos ignoramos isso.
Fazer o bem sem olhar a quem,
Isto é a máxima do amor ao próximo,
Todos sabemos disso, todos ignoramos isso.
Ouvi isso quando criança.
Ouço hoje na vida adulta,
Não aprendi ainda?
Pagar e receber,
Tudo nesta vida tem um preço,
Paga-se muito,
Paga-se pouco,
Paga-se nada.
Tudo nesta vida tem um valor,
Recebe-se muito,
Recebe-se pouco,
Recebe-se nada.
Recebe-se conforme pagou,
Paga-se conforme recebeu,
Toma lá, dá ca.
O tempo passa...
A vida se esvai...
Dará tempo de entender a lição?
Dará tempo de ouvir a razão;
E agir com o coração?

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O NATAL QUE CONHECI...ACONTECE POR AÍ?

DO NATAL E DAS COISAS DA INFÂNCIA.

Relembro... relembro sempre... e revivo!
Como são boas as lembranças que tenho!
Quem as ouve, pensa até que foi só alegria.
Sei que não foi, mas recebi a graça divina de só lembrar o gosto bom das coisas boas daquele tempo.
Natais simples, sem consumismo, até por ser uma era em que vivíamos um pouco à margem disso, mas natais muito felizes!
Lembro do Hermes ( antigo empregado) chegando, da carroça em frente`a casa, carregando uma leitoa, milho, frango e o perú embebedado ( pois esta era a receita de um assado macio), dos parentes que chegavam, do cabrito à caçadora, do cacho de uva colhido no quintal da casa, da macã (bebida) tão bem vinda.
Mas... acima de tudo lembro...
Lembro da bagunça prá fazer a rabanada.
De meu pai bravo, pois queria tudo no jeito prá fazer seu prato de natal. Lembro dele...
Lembro dele, abrindo as portas e colocando um disco na vitrola, enquanto íamos ver o presépio na igreja.
O presépio era especial. Era o centro do natal.
Lembro tanto do meu pai!
Ele nos ensinou a viver o natal em plenitude e a solidariedade ao mesmo tempo.
Se não o fazemos foi por opção adquirida ao longo de nossas vidas.
Mãe, lembra do manjar branco? Com calda de vinho? Prá mim natal tem que ter tudo isso e muito amor!
Onde foi parar aquele natal? Perdeu-se nas compras de roupas, de tenders, de castanhas e tantas frutas?
Tanto a saborear e tão pouco sabor de natal.
Natal a gente saboreia no coração, vivenciando cada parte, preparando tudo com muito amor.
O coração canta, mesmo que os lábios não demonstrem.
A gente renasce, mesmo que tudo esteja meio confuso.
Afinal...é natal... nascimento, renascimento...
É o amor feito homem que chega e nos abraça com a própria vida.

Irani Martins Ferreira da Silva 14.12.99

domingo, 6 de dezembro de 2009

A SIMPLICIDADE E A HUMILDADE SEMPRE ESTÃO À FRENTE DOS VENCEDORES!


O ESCOLHIDO
Todas as vezes que fico decepcionada com o que me acontece nesta vida, paro e penso no pequeno Jamie Scott.
Jamie estava tentando conseguir um papel na peça da escola.
A mãe dele me contou que ele havia se dedicado de todo o coração àquela tarefa, mas ela receava que o filho não fosse escolhido.
No dia marcado para a distribuição dos papéis, fui com ela buscar Jamie após a aula.
Jamie correu para a mãe, com os olhos brilhando, cheios de orgulho e euforia.
- Sabe o que aconteceu mamãe?
- ele gritou, animado, em seguida proferindo estas palavras que até hoje me servem de lição:
- Fui escolhido para bater palmas e dar vivas!
Marie Curling.

sábado, 5 de dezembro de 2009

O segredo da felicidade está em valorizar o momento presente!











FELICIDADE É UMA VIAGEM, NÃO UM DESTINO

autor desconhecido

Por muito tempo eu pensei que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade.

Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver, um trabalho não terminado, uma conta a ser paga.

Aí sim, a vida de verdade começaria.

Por fim, cheguei a conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade.

Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho para a felicidade.

A felicidade é o caminho!

Assim, aproveite todos os momentos que você tem.

E aproveite-os mais se você tem alguém especial para compartilhar, especial o suficiente para passar seu tempo;

e lembre-se que o tempo não espera ninguém.

Portanto, pare de esperar até que você termine a faculdade;

até que você volte para a faculdade;

até que você perca 5 quilos;

até que você ganhe 5 quilos;

até que você tenha tido filhos;

até que seus filhos tenham saído de casa;

até que você se case;

até que você se divorcie;

até sexta à noite;

até segunda de manhã;

até que você tenha comprado um carro ou uma casa nova;

até que seu carro ou sua casa tenham sido pagos;

até o próximo verão, outono, inverno;

até que você esteja aposentado;

até que a sua música toque;

até que você tenha terminado seu drink;

até que você esteja sóbrio de novo;

até que você morra;

E decida que não há hora melhor para ser feliz do que AGORA MESMO...

Lembre-se:

"Felicidade é uma viagem, não um destino".

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

NOITES EM FAMÍLIA

UMA MESA E MUITOS FILHOS

O trem da passarada

É noite...
E as nossas noites se compunham de pais e filhos ao redor da mesa, ou no quintal, nas noites quentes, junto aos vagalumes.
Pena que meus filhos não conheceram a toada do vagalume tem tem, nem o trem da passarada, nem a versão da estória dos quarenta bois.
Teriam se apaixonado por ele (meu pai), assim como nós.
E a gente ouvia uma vez e de novo e outra vez a mesma estória e a cada vez a expectativa era igual, ainda esperávamos o desfecho final da estória como se fosse nova.
Isso era sua magia! Seu carisma!
Ao redor da mesa, novamente, ouvíamos o trem da passarada.
Trinados e cantos de todas as aves.
Beleza só entendida pelos que viveram.
Entendo hoje,
Se tivesse ainda o trem da passarada, ouviria com meus filhos e o daria de presente ao meu marido, que entende tão bem a beleza da criação Divina.
Esta mensagem, levo aos meus irmãos, com a pergunta, já se sentaram ao redor da mesa com seus filhos?
Já foram mágicos?
Contaram estórias?
Criaram seus personagens?
Já cantou com eles?
Lembrem...relembrem...
As viagens, os passeios, as aventuras...
E todas as bobagens DE E COM NOSSO PAI.
Quão ricos fomos, quão felizes somos!
Beijos
Irani Martins Ferreira da Silva 14/12/2003

sábado, 7 de novembro de 2009

FILHOS UM DIA SE VÃO

UM DIA
CHARLES R. SWINDOLL
UM DIA, QUANDO AS CRIANÇAS CRESCEREM, as coisas vão ser bem diferentes. A garagem não ficará lotada de bicicletas, de trilhos de trenzinhos elétricos sobre madeira compensada, de cavaletes rodeados de tábuas, pregos, martelo e serra, de “projetos experimentais” inacabados e da gaiola do coelho. Poderei estacionar os dois carros nas vagas certas e nunca mais tropeçarei em pranchas de skate, pilhas de papéis (guardados para colaborar com as obras assistenciais da escola) ou sacos com comido para coelhos — tudo espalhado pelo chão.


UM DIA, QUANDO AS CRIANÇAS CRESCEREM, a cozinha ficará incrivelmente arrumada. A pia não ficará cheia de pratos sujos, a lixeira não ficará abarrotada de elásticos e de copos de papel, a geladeira não ficará lotada de frascos de leite, e nunca mais perderemos as tampas dos vidros de geléia e de ketchup e dos potes de manteiga de amendoim, de margarina e de mostarda. A jarra d’água não será recolocada vazia, as fôrmas de gelo não ficarão fora durante a noite, o liquidificador não ficará sujo, seis horas a fio, de resíduos de vitamina preparada à meia-noite, e o mel ficará dentro do seu pote.

UM DIA, QUANDO AS CRIANÇAS CRESCEREM, minha querida esposa terá tempo para vestir-se vagarosamente. Terá tempo para um banho quente demorado (sem receio de ser interrompida por gritos assustados), tempo para cuidar das unhas da mão (e dos pés, se desejar!) sem ter de responder a uma dúzia de perguntas e de revisar a grafia correta das palavras, tempo para cuidar dos cabelos durante a tarde sem ter de marcar um horário espremido entre uma visita ao veterinário para levar um cão doente ou uma ida ao ortodontista para levar uma criança de mau humor por ter perdido seu Boné.

UM DIA, QUANDO AS CRIANÇAS CRESCEREM, o aparelho chamado “telefone” ficará desocupado, sem parecer ter nascido grudado ao ouvido de um adolescente. Ele simplesmente ficará lá... silencioso e, por incrível que pareça, pronto para ser usado! Não ficará melado de batom, saliva, maionese, migalhas de salgadinhos ou com palitos de dentes enfiados nos pequenos orifícios.

UM DIA, QUANDO AS CRIANÇAS CRESCEREM, eu serei capaz de enxergar através dos vidros do carro. Impressões digitais de mãos e pés, lambidas e sinais de patas de cachorro (ninguém sabe como) serão inexistentes, O banco traseiro não ficará em completa desordem, não nos sentaremos mais em cima de pedrinhas e lápis de cor, o tanque de combustível estará sempre cheio e (glória a Deus!) não terei de limpar mais uma vez a sujeira do cachorro.

UM DIA, QUANDO AS CRIANÇAS CRESCEREM, poderemos voltar a conversar normalmente, isto é, conversar como qualquer pessoa normal. As frases não serão intercaladas de grosserias. “Legal!” Será uma expressão em desuso. Não haverá batidas na porta do banheiro acompanhadas de “Ande logo, estou apertado!“. E “É a minha vez” não necessitará da presença de um árbitro. E aquele artigo de revista será lido sem interrupções e, depois, discutido longamente, sem que o pai e a mãe tenham de esconder-se no sótão para terminar a conversa.

UM DIA, QUANDO AS CRIANÇAS CRESCEREM, não vamos mais precisar correr atrás do rolo de papel higiênico. Minha esposa não vai perder as chaves. Não esqueceremos a porta da geladeira aberta. Eu não vou ter de inventar novas maneiras de desviar a atenção das máquinas que vendem gomas de mascar... nem ter de responder à pergunta “Papai, não é pecado você dirigir a 75 quilômetros por hora quando a placa diz que o limite é de 55?”... nem prometer dar um beijo de boa-noite no coelho... nem ter de ficar acordado até altas horas esperando a chegada deles... nem ter de pedir licença para falar durante o jantar... nem ter de suportar socos de brincadeira, mas que são realmente doloridos.

Sim, um dia, quando as crianças crescerem, as coisas vão ser bem diferentes. Elas começarão a partir, uma após a outra, e a casa voltará a ficar em ordem e talvez até com um toque de elegância. O tinir da porcelana e da prata será ouvido em ocasiões especiais. O som do fogo crepitando na lareira ecoará por todo o saguão da casa. O telefone estará estranhamente mudo. A casa estará sossegada... calma.., sempre limpa.., e vazia.., e passaremos o tempo aguardando a chegada de Um Dia mas lembrando-nos do Ontem. E pensando:

“Talvez a gente possa cuidar dos netos para que esta casa volte a ter vida!”.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

SOMOS A SOMA DE TODAS AS PESSOAS DA NOSSA VIDA

"AQUELES QUE PASSAM POR NÓS, NÃO VÃO SÓS, NÃO NOS DEIXAM SÓS. DEIXAM UM POUCO DE SI, LEVAM UM POUCO DE NÓS."
ANTOINE DE SAINT-EXUPERY

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Uma homenagem a um grande amor.

AINDA NAMORADOS;
ENAMORADOS.

Tantos dias, tantos anos...!
Minha vaidade diz que foi quase ontem,
Meu coração fala, foi hoje !
Meus braços, que ainda te abraçam, dizem...
O ontem é o mesmo agora!

Muito tempo se passou?
Noto diante do espelho;
Noto nos filhos crescidos
Noto na tranquilidade
Que superou a inquietude da paixão.

Mas, quando estou com você;
Quando te vejo chegar;
Meu coração ainda canta;
O tempo parou, congelou!

Ainda estou ao seu lado;
Me arrepio, ainda, ao seu toque;
Você preenche minha vida;
Nossa casa e nossa cama!

Então aí eu te digo,
Quantos anos se passaram?
Se toda mudança que noto;
São as barrigas e rugas!

A não ser que seja preciso...
Muitos anos bem vividos,
Para se conquistar um amigo,
Nesse caso então eu digo,
Foram muitos anos passados,
Afinal agora tenho,
Um amor, um companheiro;
Esposo e grande amigo! Irani/ 09/06/2001
namorados

domingo, 1 de novembro de 2009

FILHOS SÃO MEUS GRANDES AMORES

FILHOS,
IRANI 14.12.99
Chegam às nossas vidas,
Pessoinhas cheia de grilos,
Um mistério a desvendar...
Estes são os nossos filhos.

Que teste de paciência,
Temos todos que passar,
E mesmo assim todos queremos,
Esse serzinho para amar.

Uma mãozinha pequenina,
Um rostinho angelical,
Pele de textura tão fina,
Um grande amor... sem igual!

Passamos insegurança,
Tantos bailes... sem dança,
E sempre muitas surpresas,
Sem conviver com a certeza.

Mas que delícia os carinhos,
Que ganhamos daquela coisinha,
E fazemos de nossos braços um ninho,
Onde o pequeno se aninha.

Demorou tanto a nascer!
Agora vemos florescer,
E dia a dia sentimos,
O nosso amor só crescer.

Já não dá mais retorno,
O mundo gira em torno,
Deste ser tão precioso,
Que não me deixa tempo ocioso.
De ora em diante, sei,
Que a luta da vida tem causa,
Essa pessoa que amei,
Desde que vi, abriguei e dei pausa.

Dei pausa ao meu coração,
Foi preciso acostumar,
Que a mão, Virou contramão
Ganhei razões para amar.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

RABANADA

Rabanada

Uma rabanada, não é nada!
E nada é só uma rabanada!
Uma rabanada é ato de amor,
Dedicado às pessoas queridas,
Que rimam família e comida.

Uma rabanada...
È prazer antecipado na espera,
É obra a quatro mãos!
Enquanto um corta o pão...
Outro bate as claras...
De longe alguém faz as malas!

Alguém tempera o leite, com açúcar,
Canela e baunilha...
O outro embebeda o pão e fica uma maravilha.
Depois é só organizar...
Passar o pão nos ovos batidos,
Não ligue para os latidos,
Chico já sente que vai ganhar.

Quando a gordura está quente,
Começa a chegar gente...
Frite uma de cada vez...
Para não perder a maciez!
Escorra e passe no açúcar urgente!

Se olhar verá na janela, mesmo sem convidar,
Pessoas a salivar!
Uns já querem comer quente,
Outros esperam gelar.

De qualquer forma é bom, agrada a gentarada!
Mas rabanada... Não é só uma rabanada!
Rabanada tem histórias...
Que começam a surgir, quando se puxa a memória!

Rabanada é doce, é salgada...
Quando alguém faz milanesa, ao invés de sobremesa!
Rabanada tem história,
Tem Avô, avó, tios, tias e primos.
Rabanada tem risadas e coisas que só nós vimos!

Rabanada é natal!
È para nós prato principal.
Rabanada é Vera e Domingos,
Sempre ali, tão amigos!

Rabanada são meus filhos,
Para quem faço todos meus mimos.
Mas, Rabanada... não é só uma rabanada!
Uma rabanada tem gosto de família.
Tem sabor também de alegria.

Rabanada rima com meninada.
Rabanada tem canela,
E me lembra a Mirela...
Rabanada não se faz pouco...
Pois todos querem um pouco!

O Henry quer comer quente,
Assim comem muita gente!
O Purita não quer só uma,
Ou três, ou não quer nenhuma!

Mas o bom mesmo da rabanada...
È ver quando a meninada...
Espera... ansiosamente!
Quem a põe por cima do arroz quente.

Existe até uma aposta,
Para ver quem comete o engano,
De trocar sobremesa por milanesa
No natal do próximo ano!

Irani 29/10/2009

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Interior

Acho graça quando ouço dizer que os peixes dentro d'água estão com sede.
Você vaga inquieto, de floresta em floresta,
enquanto a realidade está dentro da sua morada.
A verdade está aqui!

Vá aonde quiser, ao norte ou sul;
até que você tenha encontrado DEUS em sua alma,
Todo o mundo lhe parecerá inexpressivo"!

Tagore

ESTAR COM A FAMÍLIA À MESA, É ESTAR EM SINTONIA COM A ALEGRIA!

Quem inventou a mesa, penso eu, sabia do prazer de uma boa conversa, olhos nos olhos, descobrindo o interior das pessoas.
Sabia também que uma boa cozinheira, saboreia o fruto do seu trabalho, observando a reação de cada um em contato com a sua arte.
Os poetas, diante de uma mesa aconchegante, encontram cenas que ilustram suas mais belas poesias de amor.
Pensando que, sentados à mesa, não importa a simplicidade da comida, mas o cheiro e o sabor que nos levam às delícias de nos sentirmos amados e acariciados, faço minhas as palavras de Cora Coralina, que sendo Mineira, sabia dos prazeres da mesa.

"Que a mesa esteja sempre posta para a oferta modesta.

O pão da esperança e o vinho da alegria"

Cora Coralina